Tirando minha visão romântica das coisas e das iniciativas humanas, alguém poderia me explicar o benefício real desses programas governamentais?
Pois acho isso um absurdo e não deve continuar. Desde o início dos programas de inclusão, venho observando as reações diversas: uns dizendo que isso pode acelerar o crescimento e a inclusão do menos favorecido. Outros dizendo que irá estimular a leniência, a preguiça e reforçar o jeitinho brasileiro de ganhar sem esforço. Eu, pessoalmente, achava que era uma forma de motivar e mostrar para o que está abaixo da linha da pobreza que é possível sim, fazer parte de um Brasil melhor. Doce engano. Cada vez vejo avolumar as queixas sobre os programas esmola bolsa família, esmola gás, esmola leite e aí vai. Cada dia está mais difícil encontrar profissional para trocar a carrapeta da torneira. Trocar a corda do varal e até serviços mais especializados como infiltração e reformas em geral. Porque? Estou com a certeza de que esses profissionais estão recebendo essas esmolas oficiais e não comparecem a um serviço digno e profissionalizante, pois é bem confortável o recebimento destas migalhas, do que lutar por um lugar ao sol. Acabo de receber proposta de minha secretária do lar, que ganha mais de 1200reais, para demiti-la em carteira, esperar 3 meses para ser aceita na bolsa família e voltar a contratá-la. Uma amiga bem informada estava dando as dicas ao lado do telefone. Desplante, falta de respeito com ela, comigo e com o Brasil em geral. Nossos indicadores não melhoram e ninguém toma uma atitude? Se continuar com esses programa de esmola inclusão, melhor mudar o critério = alguém na família deve apresentar carteira assinada ou coisa que o valha. Estamos esculhambando a moral. O pobre acha que deve achar uma saída inteligente como a que me foi apresentada e não pleitear melhor condição de crescimento. Nós, classe média espremidíssma entre as regras, os espertos e os tributos, não conseguimos agir, a não ser pagando a conta. Como mostrar para essa profissional do lar, tão competente, que pode continuar ralando, que algo lá na frente acontecerá? Melhor ser conivente e aconselhar, estimulando tal trambique? Detesto fazer o que estou fazendo neste momento. Penso que, se não tenho sugestão de melhoria, melhor ficar calada. Mas como me calar, mesmo não tendo proposta de solução, se estou vendo o barco com o bico na água? Gente, tem anos que vemos que esse caminho não é o melhor, porque então continuar? Se eu sustei essa iniciativa da empregada, outras patroas fizeram o mesmo? E o pedreiro, o encanador, o eletricista, e tantos outros profissionais que sumiram do mapa? Estão em casa mamando na teta das bolsas isso e bolsas aquilo!! É um absurdo!!
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